O questionamento é constante. Indeterminado pelos evocamentos do Outro, apenas reconhece o Ego, com o seu poderoso rugido, a sua voz como uma flecha incandescente percorrendo cada interstício da mente... não são precisas balas para O matar. ou orgasmos para O saciar. O seu combustível brota da (quase) cópula entre insanidade e sabedoria, da inevitável constatação da ordem pela desordem, do branco pelo negro. Mas como pode ser bela a noite...
Esperamos o comboio chegar com o nascer do dia, com o nascer da regularidade. Cada um ainda digere a noite e a sua voluptuosa melodia, lançámos loucas perguntas e retornaram algumas respostas, com o seu peso entorpecendo os nossos corpos... o Leão adormece no nosso leito, a sua respiração lembrando-nos que regressará mais uma vez, até ao frágil Homem cruzar o abismo do tempo e do espaço...