Nadei e nadei, até a encontrar.
As nuvens eclipsaram o sol, a escuridão abateu-se. Foi então que começaram a gritar: sobre os seus corpos caíam pingas vermelhas dos céus. O mar tempestuoso atirou-me para terra. Abri a garrafa. Lá dentro, uma epístola sem nome chamava por mim. Com a carta na mão, fugi para casa. À minha frente, um tornado dançava com os arranha-céus. Subi a colina e abriguei-me na casa abandonada de vidros partidos. Olhei para baixo. Tudo se desmoronava perante os meus olhos. Aves caíam no chão, os prédios ruíam, as pessoas gritavam, os cães uivavam, o vento rugia, o mar entrava por terra, chovia sangue e cinzas … o mundo estava a morrer.
Abri o manuscrito. Dizia:
A esperança morreu nos corações humanos.
O último raio de sol entrou pela janela.
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2 comentários:
e tu morreste para sempre
ele
poesia pura. não deixes isso morrer.
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