13 setembro, 2004

Triste ausência

O que não sabes,
não te magoa.

Dói. Às vezes dói saber, mas continuamos sempre à procura de respostas. Vai doer, nós sabemos, mas precisamos de levar com a bala para saber a verdade, para sofrer mais um pouco a ausência de quem já não nos pertence.
Caímos, caímos na realidade, batemos no fundo, sofremos mais, será que para ela é tudo um sonho maravilhoso? Será que enquanto desço, ela sobe?

Lutando contra a maré, tento aguentar-me à superfície de uma sociedade que me puxa para baixo, para o mundo da música e das drogas, do convívio e da hipocrisia, lá, no fundo do mar, não há certezas, todos usam máscaras, escondem-se por entre algas, não há dia, apenas uma escuridão de sentidos e prazer: ilusões...
Toca-me. Não sentes? Sou feita de chuva. E para cada dia da tua ausência, uma gota cai de mim. Morro na vazia ausência da tua não existência. És um sonho. Ou és tu que me sonhas?
Pergunto-te se estou só. Prova-me o contrário...

Quantos dias de tempestade me faltam? Tu não me sentes.
Sussurro ao homem do leme que me leve com ele. Neste mar de algas venenosas, nem sempre estive só. Mas a noite desceu e elas abriram os olhos para a lua, caindo nas águas negras do mar. Estou só. Quando me juntar à noite, talvez encontre no fundo do que não sei, o luar de que todos falam...
Pedi-te que me levasses contigo, mas tu nada disseste. Foste-te embora, levado pelas ondas, prometendo-me que um dia voltarias. Quantas gotas de chuva me restam? Espero a areia quente dos teus cabelos e o néctar doce do teu coração. Mas tu não vens. Serás sonho?

2 comentários:

Anónimo disse...

Este teu novo blog tá lindo ;) mto mais fixe que o outro...acredita!
:) voltarei a 'por os pes' aqui!!!

Kisses.
Mandylion

Anónimo disse...

és um sonho perdido
ele