01 outubro, 2004

A vida só tem um sentido. Por isso, voei.

palavras que saiem do papel a voar.

Gostava de ter visto os pandas nas montanhas e enveredar numa aventura de tesouros perdidos, animais perigosos e amores selvagens.

Quando os últimos raios de sol se deitam, sinto sempre arrepios, arrepios que me atraem, para junto da noite, dos seus cheiros, dos seus encantos e segredos, quando encontrarei a tua mão?

Às vezes é díficil ser eu sem distorcer o eu. O intocável eu acaba por ser comido pelos outros eus e todos querem ser eu. É díficil ser-se eu.

E quando eu tocar o tecto do céu, serei rainha dos tempos e farei da humanidade uma tempestade passageira. Porque quem não ama, não pode ser amado. E nem o sol fará sorrir a chuva...

O coração solitário daqueles que não ouvem continua incompreendido. Paira à minha frente para sempre, numa dança surda a preto e branco. Ninguém vê.

Shh, não digas nada. Viajámos anos luz para chegar tão longe. E ninguém mais nos fará regressar, só nós mesmos. Cada pedacinho de memória aqui na minha mão. Para ser só isso, lembrança. Esconde-me de mim.

Sim, sou louca... e os pássaros voam!

2 comentários:

Anónimo disse...

a loucura são palavras perdidas.
ele

Maria disse...

revejo-me nas tuas "palavras perdidas" (trocadilho) :P.

beijo*

(venho visitar-te sempre)